Histórico
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A Coleção Entomológica do Museu Nacional se inicia com o Departamento de Entomologia. Grandes nomes da entomologia contribuíram para a formação do acervo do Museu Nacional como: José Cândido, Newton Santos, Dalcy de Oliveira Albuquerque, Isolda Rocha e Silva, Miguel Monné, Johann Becker, Roger Arlé, Janira Costa entre outros, além de grandes coletores como Olmiro Roppa e Haroldo Sandim.
Para conhecer mais sobre os ilustres pesquisadores que já contribuíram para a Coleção de Entomologia, clique nos nomes abaixo:
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A Coleção Entomológica era composta por representantes de diversos grupos de insetos e era uma das maiores e mais importantes da América do Sul. A Coleção abrigava um valioso acervo que representava importante banco de dados sobre a identificação e ocorrência geográfica de insetos e esse material foi acumulado a partir de expedições de coleta, permutas com outras instituições e doações.
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A Coleção Entomológica no Palácio estava depositada em armários compactadores, que abrigavam em torno de 13.000 gavetas entomológicas, laminários e exemplares em vidros com álcool. Até 2018 havia uma estimativa de 12.005.000 exemplares depositados na coleção. O incêndio, em dois de setembro de 2018, ocasionou a perda de toda a coleção que estava no Palácio.
Pós Incêndio
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Uma parte da coleção entomológica que se encontra depositada no prédio Alípio Miranda Ribeiro, conhecido como prédio Anexo, foi totalmente preservada. Ela conta com cerca de 42.000 exemplares da Ordem Diptera com registros digitalizados. A coleção apresentava cerca de 3.000 tipos primários de diversas ordens de insetos e destes, 407 que estavam no prédio Anexo foram
preservados.
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Apesar da perda inestimável de grande parte da coleção, os dados publicados em inúmeras publicações são o testemunho virtual desse material perdido. Em janeiro de 2016 teve início o projeto de digitalização das coleções entomológicas vinculado ao Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SIBBr) que hoje conta com cerca de 182.000 espécimes de insetos disponíveis para consulta.
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Além dessa iniciativa, os tipos primários de cerambicídeos (Coleoptera) estão disponíveis online e projetos paralelos estão sendo desenvolvidos com o intuito de prover mais informações das coleções no formato digital, em especial do material tipo.
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Atualmente, a coleção conta com cerca de 135.000 exemplares, oriundos de coletas, doações e exemplares que não foram afetados pelo incêndio. A coleção está sendo reconstruída por meio de expedições de coleta, com suporte das instituições de fomento, doações de particulares e de instituições parceiras do Museu Nacional/UFRJ. Desta forma, a Coleção Entomológica do Museu Nacional vem sendo reestruturada e já possui capacidade para receber mais doações de acervos científicos, tanto de material conservado a seco como em meio líquido.
Texto do livro Museu Nacional Panorama dos acervos: passado, presente e futuro. Editora: Cristina Serejo. 2020.
Dados da coleção atualizados com base nas informações dos Relatórios Anuais do Museu Nacional