Um novo gênero e espécie de borboleta brasileira é descrita por docente do Departamento de Entomologia

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A Profa. Thamara Zacca, docente do Departamento de Entomologia, em parceria com pesquisadores do Instituto Nacional da Mata Atlântica, Danilo Cordeiro e Paulo Gonella, publicaram recentemente o artigo “A new genus and endangered species of euptychiine butterfly from isolated mountains in southeastern Brazil (Lepidoptera: Nymphalidae: Satyrinae)” na revista Zootaxa.

Thamara Zacca (esquerda) e Danilo Cordeiro (direita). Foto: Acervo Pessoal.

O artigo traz a descrição de um novo gênero e espécie de borboleta da subfamília Satyrinae (Nymphalidae), descoberta nas montanhas leste de Minas Gerais, na bacia do Rio Doce. A espécie, recém-descoberta, já corre risco de extinção devido à invasão de gramíneas exóticas africanas no seu habitat natural, além do fogo provocado por humanos na região. 

Agojie rupicola, novo gênero e espécie de borboleta do Brasil

Essa realidade inspirou os pesquisadores a proporem o nome popular da borboleta Agojie rupicola como “borboleta-guerreira-das-pedras”, já que é uma espécie conhecida, até o momento, apenas em áreas de afloramentos rochosos de montanhas da Mata Atlântica. É daí que vem a inspiração para o nome específico rupicola, uma combinação dos termos em latim ‘rupis’, que significa pedra, e ‘cola‘, que significa habitante. Outra curiosidade é que o nome do gênero, proposto pela Thamara, é uma homenagem à atriz Viola Davis e o seu papel no filme “A Mulher Rei”, como líder das guerreiras Agojie do reino de Daomé, na África Ocidental.    

O presente trabalho só foi possível graças a uma parceria entre o Museu Nacional-UFRJ e o Instituto Nacional da Mata Atlântica, que, em 2022, doou espécimes para ajudar a reconstruir a coleção científica do Museu, destruída por um incêndio em setembro de 2018. Os exemplares de Agojie rupicola foram encontrados durante as expedições científicas realizadas na região por Danilo e Paulo. Durante uma dessas expedições, essa pequena borboleta de asas castanho-avermelhadas que voava sobre a rocha exposta ao sol chamou a atenção do Danilo, que os coletou e encaminhou para a Thamara, que já há alguns anos, dedicava parte das suas pesquisas às borboletas da subfamília Satyrinae. Ao receber os exemplares, logo houve uma suspeita de que se tratava de algo inédito, o que foi confirmado, posteriormente, com estudos morfológicos detalhados. 

Maiores informações no artigo: https://www.researchgate.net/publication/373924764_A_new_genus_and_endangered_species_of_euptychiine_butterfly_from_isolated_mountains_in_southeastern_Brazil_Lepidoptera_Nymphalidae_Satyrinae

Veja também a repercussão dessa descoberta nas mídias: 

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